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quinta-feira, 12 de junho de 2014

Copa do Mundo 2014

A pressão de abrir uma Copa em casa existe mesmo. E a Seleção a superou


Ninguém falou que ia ser fácil. Todo o script-padrão a respeito do nervosismo de uma estreia e a dificuldade do favorito – e, no caso, anfitrião – de desenvolver seu jogo foi cumprido à risca na abertura da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, numa Arena de São Paulo com mais de 62 mil pessoas. Teve gol contra, sufoco, sofrimento e, graças sobretudo a Neymar e Oscar, uma vitória brasileira por 3 a 1, com dois gols do camisa 10, que foi eleito o Craque do Jogo Budweiser.
Foi a nona campanha de Copa do Mundo consecutiva que o Brasil iniciou com vitória – desde 1982. A última vez que os brasileiros caíram na primeira partida foi em 1934. Agora, com a tensão da abertura passada para trás, é a vez de ir para a seguinte: terça-feira, dia 17, diante do México.
Nos primeiros minutos, sem conseguir tomar conta da partida, a Seleção de Felipão abriu espaços e, em vez de exercer pressão como habitualmente faz sobre seus rivais, desta vez a sofreu. Com dez minutos, em arrancada de Ivica Olic, pela esquerda, seu cruzamento fez a bola, rasteira, cruzar toda a área. Quando retornava para a cobertura, Marcelo esbarrou na bola e a desviou para dentro do próprio gol: o primeiro gol contra brasileiro na história das Copas.
Foi preciso que algum tempo se passasse e os nervos se assentassem, apesar desse choque. Só assim o Brasil começou a criar como é capaz – e não foi pouco. Depois da primeira chance aos 21, quando Paulinho bateu para boa defesa de Pletikosa, o que se viu foi uma avalanche brasileira e, especificamente, de Neymar Jr.. Primeiro foi uma linda jogada individual até a linha de fundo, após a qual, no rebote, Oscar, de canhota, obrigou o goleiro croata a mais uma defesaça. Depois, outra canhota, a do próprio Neymar, decretou o empate: avançou, se livrou de dois jogadores e bateu rasteiro no cantinho. Primeiro gol de um camisa 10 brasileiro em Copas desde Rivaldo em 2002 e aquele que fez a Arena de São Paulo – como o Brasil todo – voltar a respirar. 
O problema é retornar com esse ritmo aos 45 minutos finais e não deixar o nervosismo aparecer de novo. Tudo o que a primeira etapa teve de emocionante e cheia de chances, o início da segunda teve de truncado. Quase não houve oportunidades, e a defesa croata assumiu a posição de se trancar. Foi só numa enfiada para Fred aos 24 minutos que o Brasil se aproximou para valer da área: o centroavante foi derrubado por Lovren e, na cobrança, Neymar bateu à meia altura, Pletikosa voou para espalmar... para dentro. Era o gol da virada e do início de novo sufoco, ainda que sem chances reais, dos croatas. E, na dúvida, no finalzinho, Oscar - que, contestado, jogou muita bola - fechou o placar ao puxar um contra-ataque e concluir de bico no santinho direito.
Para a história, pode acabar nem parecendo, ao olhar o placar, mas foi duro, e nem haveria como ser de outra forma. Era, afinal, o maior campeão das Copas abrindo a primeira edição em casa em 64 anos.

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