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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Curiosidades

História do Carnaval 

O carnaval é a festa popular mais celebrada no Brasil e que, ao longo do tempo, tornou-se elemento da cultura nacional. Porém, o carnaval não é uma invenção brasileira nem tampouco realizado apenas neste país. A História do Carnaval remonta à Antiguidade, tanto na Mesopotâmia quanto na Grécia e em Roma.
A palavra carnaval é originária do latim, carnis levale, cujo significado é retirar a carne. O significado está relacionado com o jejum que deveria ser realizado durante a quaresma e também com o controle dos prazeres mundanos. Isso demonstra uma tentativa da Igreja Católica de enquadrar uma festa pagã.
Na antiga Babilônia, duas festas possivelmente originaram o que conhecemos como carnaval. As Saceias eram uma festa em que um prisioneiro assumia durante alguns dias a figura do rei, vestindo-se como ele, alimentando-se da mesma forma e dormindo com suas esposas. Ao final, o prisioneiro era chicoteado e depois enforcado ou empalado.
O outro rito era realizado pelo rei nos dias que antecediam o equinócio da primavera, período de comemoração do ano novo na região. O ritual ocorria no templo de Marduk, um dos primeiros deuses mesopotâmicos, onde o rei perdia seus emblemas de poder e era surrado na frente da estátua de Marduk. Essa humilhação servia para demonstrar a submissão do rei à divindade. Em seguida, ele novamente assumia o trono.
O que havia de comum nas duas festas e que está ligado ao carnaval era o caráter de subversão de papéis sociais: a transformação temporária do prisioneiro em rei e a humilhação do rei frente ao deus. Possivelmente a subversão de papeis sociais no carnaval, como os homens vestirem-se de mulheres e vice-versa, pode encontrar suas origens nessa tradição mesopotâmica.
As associações entre o carnaval e as orgias podem ainda se relacionar às festas de origem greco-romana, como os bacanais (festas dionisíacas, para os gregos). Seriam festas dedicadas ao deus do vinho, Baco (ou Dionísio, para os gregos), marcadas pela embriaguez e pela entrega aos prazeres da carne.
Havia ainda em Roma as Saturnálias e as Lupercálias. As primeiras ocorriam no solstício de inverno, em dezembro, e as segundas, em fevereiro, que seria o mês das divindades infernais, mas também das purificações. Tais festas duravam dias com comidas, bebidas e danças. Os papeis sociais também eram invertidos temporariamente, com os escravos colocando-se nos locais de seus senhores, e estes colocando-se no papel de escravos.
Mas tais festas eram pagãs. Com o fortalecimento de seu poder, a Igreja não via com bons olhos as festas. Nessa concepção do cristianismo, havia a crítica da inversão das posições sociais, pois, para a Igreja, ao inverter os papéis de cada um na sociedade, invertia-se também a relação entre Deus e o demônio.
A Igreja Católica buscou então enquadrar tais comemorações. A partir do século VIII, com a criação da quaresma, tais festas passaram a ser realizadas nos dias anteriores ao período religioso. A Igreja pretendia, dessa forma, manter uma data para as pessoas cometerem seus excessos, antes do período da severidade religiosa.
Durante os carnavais medievais por volta do século XI, no período fértil para a agricultura, homens jovens que se fantasiavam de mulheres saíam nas ruas e campos durante algumas noites. Diziam-se habitantes da fronteira do mundo dos vivos e dos mortos e invadiam os domicílios, com a aceitação dos que lá habitavam, fartando-se com comidas e bebidas, e também com os beijos das jovens das casas.
Durante o Renascimento, nas cidades italianas, surgia a commedia dell'arte, teatros improvisados cuja popularidade ocorreu até o século XVIII. Em Florença, canções foram criadas para acompanhar os desfiles, que contavam ainda com carros decorados, os trionfi. Em Roma e Veneza, os participantes usavam a bauta, uma capa com capuz negro que encobria ombros e cabeça, além de chapéus de três pontas e uma máscara branca.
A história do carnaval no Brasil iniciou-se no período colonial. Uma das primeiras manifestações carnavalescas foi o entrudo, uma festa de origem portuguesa que na colônia era praticada pelos escravos. Depois surgiram os cordões e ranchos, as festas de salão, os corsos e as escolas de samba. Afoxés, frevos e maracatus também passaram a fazer parte da tradição cultural carnavalesca brasileira. Marchinhas, sambas e outros gêneros musicais também foram incorporados à maior manifestação cultural do Brasil.

Escola de Samba como tudo começou 

As escolas de samba nasceram entre as décadas de 20 e 30 e formaram-se com base nos Ranchos Carnavalescos, mas logo tomaram identidades próprias. As escolas de samba eram primitivas e rígidas e, ao longo do tempo, tornaram-se flexíveis, dando oportunidades para jovens e crianças.
A escola de samba tem a tranquilidade de ter entidades que as representam; nesse caso é preciso ter seus estatutos sociais registrados em cartório, possuir uma sede administrativa, quadra para ensaios, uma diretoria constituída, licença de funcionamento na polícia e ser filiada a uma dessas entidades representantes.
As escolas trabalham o ano inteiro para serem julgadas em uma única apresentação. Cerca de cinco mil desfilantes ensaiam nas quadras, sendo eles sambistas, passistas, mestre-sala, porta-bandeira, destaques, alas e também os participantes da orquestra e da bateria. Chegado o grande dia, tudo deve estar em perfeita ordem e harmonia. A apresentação segue a sequência a seguir:

• A comissão de frente cria uma certa expectativa no público por sua coreografia diferenciada e também em relação ao enredo da agremiação. É formada por, no máximo, quinze pessoas, podendo ser homens, mulheres e crianças;

• O carro abre-alas é onde tudo começa. É nele que a escola expõe seu símbolo destaque;

• As alas são grupos de mesma fantasia que ficam entre as alegorias. Nelas está o sambista que, até cruzar o fim da avenida, esbalda-se, podendo perder até dois quilos;

• As alegorias e adereços são partes importantes no desfile. Os carros alegóricos contam a maior parte do enredo. Nos chamados queijos ficam os destaques principais da agremiação;

• Os destaques desfilam isoladamente no chão ou nos carros alegóricos. Usam fantasias representando personagens do enredo;

• A ala das crianças é opcional e é formada, em média, por duzentas delas;

• O mestre-sala e a porta-bandeira levam o estandarte da escola usando fantasias luxuosas que podem pesar até quarenta quilos;

• A bateria, com cerca de 350 integrantes, é alinhada por instrumentos guiados pelo mestre. Os instrumentos usados são: tamborim, pandeiro, chocalho, reco-reco, tarol, agogô, cuíca, repinique, caixa de guerra e surdos de primeira, segunda e terceira marcação;

• Algumas escolas têm rainhas, princesas e madrinhas de bateria, que são mulheres bonitas escolhidas no meio artístico ou por concursos na comunidade;

• O intérprete oficial é responsável por cantar em média 65 vezes o samba-enredo durante o desfile. É acompanhado por cantores de apoio, mas ele é quem determina o andamento do samba;

• Os passistas são responsáveis por preencher os espaços deixados pelos bateristas. Sambam com muito charme e sensualidade;

• A ala das baianas é composta por senhoras, sendo algumas bem idosas que, apaixonadas por sua escola, sustentam o peso de, aproximadamente, quinze quilos em suas fantasias;

• A ala dos compositores é formada pelos poetas da escola que compõem os sambas até que um seja escolhido como oficial.

• A velha guarda encerra o espetáculo e é composta por integrantes que participaram da fundação da escola.

Durante a apresentação das escolas, os juízes julgam:

• A bateria, que deve estar perfeitamente entrosada;
• O samba-enredo, que deve ter a letra adequada ao enredo e melodia-samba;
• Os cantores e o intérprete, que devem estar em harmonia;
• As alas e destaques, que também devem permanecer coesos;
• O enredo, que deve estar claro durante a apresentação;
• O conjunto do desfile, que deve estar uniforme e harmonioso;
• As alegorias e adereços, que devem ser criativos e bem feitos;
• As fantasias, que devem estar adequadas ao enredo;
• A comissão de frente, que deve saudar o público e apresentar o enredo coordenamente;
• O mestre-sala e porta-bandeira, que devem estar em perfeito entrosamento e no ritmo do samba.



Em São Vicente do Sul temos uma bela escola de Samba, a escola de Samba Unidos da Terra doce, a qual esse blogueiro faz parte, por isso eu destaco a nossa escola.

Carnaval no Brasil

A história do carnaval no Brasil iniciou-se no período colonial. Uma das primeiras manifestações carnavalescas foi o entrudo, uma festa de origem portuguesa que, na colônia, era praticada pelos escravos. Estes saíam pelas ruas com seus rostos pintados, jogando farinha e bolinhas de água de cheiro nas pessoas. Tais bolinhas nem sempre eram cheirosas. O entrudo era considerado ainda uma prática violenta e ofensiva, em razão dos ataques às pessoas com os materiais, mas era bastante popular.
Isso pode explicar o fato de as famílias mais abastadas não comemorarem junto aos escravos, ficando em suas casas. Porém, nesse espaço havia brincadeiras, e as jovens moças das famílias de reputação ficavam nas janelas jogando águas nos transeuntes.
Por volta de meados do século XIX, no Rio de Janeiro, a prática do entrudo passou a ser criminalizada, principalmente após uma campanha contra a manifestação popular veiculada pela imprensa. Enquanto o entrudo era reprimido nas ruas, a elite do Império criava os bailes de carnaval em clubes e teatros. No entrudo, não havia músicas, ao contrário dos bailes da capital imperial, onde eram tocadas principalmente as polcas.
A elite do Rio de Janeiro criaria ainda as sociedades, cuja primeira foi o Congresso das Sumidades Carnavalescas, que passou a desfilar nas ruas da cidade. Enquanto o entrudo era reprimido, a alta sociedade imperial tentava tomar as ruas.
Mas as camadas populares não desistiram de suas práticas carnavalescas. No final do século XIX, buscando adaptarem-se às tentativas de disciplinamento policial, foram criados os cordões e ranchos. Os primeiros incluíam a utilização da estética das procissões religiosas com manifestações populares, como a capoeira e os zé-pereiras, tocadores de grandes bumbos. Os ranchos eram cortejos praticados principalmente pelas pessoas de origem rural.
As marchinhas de carnaval surgiram também no século XIX, cujo nome originário mais conhecido é o de Chiquinha Gonzaga, bem como sua música O Abre-alas. O samba somente surgiria por volta da década de 1910, com a música Pelo Telefone, de Donga e Mauro de Almeida, tornando-se ao longo do tempo o legítimo representante musical do carnaval.
Na Bahia, os primeiros afoxés surgiram na virada do século XIX para o XX, com o objetivo de relembrar as tradições culturais africanas. Os primeiros afoxés foram o Embaixada Africana e os Pândegos da África. Por volta do mesmo período, o frevo passou a ser praticado no Recife, e o maracatu ganhou as ruas de Olinda.
Ao longo do século XX, o carnaval popularizou-se ainda mais no Brasil e conheceu uma diversidade de formas de realização, tanto entre a classe dominante como entre as classes populares. Por volta da década de 1910, os corsos surgiram, com os carros conversíveis da elite carioca desfilando pela avenida Central, atual avenida Rio Branco. Tal prática durou até por volta da década de 1930.
Entre as classes populares, surgiram as escolas de samba na década de 1920. As primeiras escolas teriam sido a Deixa Falar, que daria origem à escola Estácio de Sá, e a Vai como Pode, futura Portela. As escolas de samba eram o desenvolvimento dos cordões e ranchos. A primeira disputa entre as escolas ocorreu em 1929.
As marchinhas conviveram em notoriedade com o samba a partir da década de 1930. Uma das mais famosas marchinhas foi Os cabelos da mulata, de Lamartine Babo e os Irmãos Valença. Essa década seria conhecida como a era das marchinhas. Os desfiles das escolas de samba desenvolveram-se e foram obrigados a se enquadrar nas diretrizes do autoritarismo da Era Vargas. Os alvarás de funcionamento das escolas apareceram nessa década.
Em 1950, na cidade de Salvador, o trio elétrico surgiu após Dodô e Osmar utilizarem um antigo caminhão para colocar em sua caçamba instrumentos musicais por eles tocados e amplificados por alto-falante, desfilando pelas ruas da cidade. Eles fizeram um enorme sucesso. Mas o nome somente seria utilizado um ano depois, quando Temistócles Aragão foi convidado pelos dois. Um novo veículo foi utilizado, com a inscrição “Trio Elétrico” na lateral.
O trio elétrico conheceria transformação em 1979, quando Morais Moreira adicionou o batuque dos afoxés à composição. Novo sucesso foi dado aos trios elétricos, que passaram a ser adotados em várias partes do Brasil.

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